Estamos a 2 minutos e meio do Apocalipse. É o que estima o comitê do Boletim de Cientistas Atômicos, responsável por ajustar, anualmente, o Relógio do Juízo Final. Mas atenção: estes 2 minutos e meio não são literais e sim um símbolo de quão próximos estamos de uma catástrofe mundial.
O Relógio surgiu há 70 anos, em 1947, criado por cientistas que participaram do Projeto Manhattam, aquele mesmo, da bomba atômica. Em um mundo ameaçado por uma guerra nuclear, eles criaram um índice: meia noite representava o Fim do Mundo, o Conflito Final. Em 1947, estávamos a 7 minutos da meia noite.
Esse número é atualizado todo ano, de acordo com os esforços mundiais para tornar o mundo um lugar mais ou menos seguro. Em 1953, com URSS e EUA testando bombas de hidrogênio por todos os lados, chegamos ao mais próximo do Fim: 23h58.
De lá para cá, as coisas pareciam melhorar. 1991 foi o ano mais distante da meia noite, e o Relógio marcou 23h43. Mas, desde 2015, voltou ao clima da Guerra Fria, marcando 3 minutos para meia noite. Em 2017, o perigo aumentou: o relógio foi adiantado em 30 segundo. É a primeira vez na história que ele não é alterado em um minuto completo. A 2 minutos e meio da meia noite, estamos no momento global mais tenso desde 1953.
Não existe nada de místico neste relógio: o horário que ele marca é completamente arbitrário. Porém, é decidido por um grupo de mente geniais – 15 dos membros do comitê venceram o Nobel. O grupo analisa a conjuntura mundial e decide o quão vulneráveis estamos a uma catástrofe planetária. Este ano, eles consideraram que o mundo está mais ameaçado que nos últimos anos – por conta de um combo de inação, desinformação e má gestão.
Relógio que prevê o fim do mundo acaba de ser adiantado

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